terça-feira, 20 de setembro de 2011

Processo de reterritorialização na dança flamenca

Na minha pesquisa, pretendo investigar a dança flamenca na contemporaneidade e a partir desta técnica específica, demonstrar o poder de desorganização e reorganização, recriação, renovação, troca de energia e expressividade. Esta abordagem que relaciona o flamenco e a contemporaneidade, passa pela reconfiguração artística do corpo do bailarino, tendo como elemento a reterritorialização, proposta por Deleuze e Guattari, ou seja, a arte de um corpo que gera seu próprio espaço, criando, neste trânsito, um novo território por meio da sua própria desterritorialização. Neste sentido, um corpo-em-arte como nômade. Procurei pensar na função do bailarino enquanto artista, em dissecar a arte do bailarino e principalmente em procurar sê-lo em seu sentido mais profundo, pensando na poética da dança, buscando no meu próprio corpo, elementos para a articular da sua própria expressão; buscando dialogar meus pensamentos com as minhas próprias inquietações acerca da busca pelo movimento autêntico e expressivo, o real sentido da dança para a minha vida e o que isso significaria para o mundo. Resolvi buscar uma dança na qual o meu corpo tivesse, de certa forma, algum poder de reorganização própria e também em relação ao outro. Optei pela dança flamenca e a partir desta técnica específica, pensar no poder de desorganização e reorganização, recriação, renovação, troca de energia, expressividade. Mas renovar e desorganizar o que? Corpo? Pensamento?

"[...] Para o nômade, ao contrário, é a desterritorialização que constitui sua relação com a terra, por isso ele se reterritorializa na própria desterritorialização." (DELEUZE e GUATTARI, 1997, p. 51-3)

Amábile Gabriele Bortolanza - 4º ano FAP

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