Estarei relatando agora a minha pesquisa sobre a coluna, proposta na aula de composição coreográfica da professora Rosemere Rocha. Se basear na coluna não foi fácil no começo. Não sabia como pegar algo de referência para usar de partida. Depois de muito pensar, lembrei de quando eu era criança e brincava com uma cobrinha que se sustentava e se movia para todos os lado. Sua estrutura faz lembrar muito a coluna vertebral, e daí comecei a pesquisar as movimentações que ela realizava.
Das experimentações que eu fiz, percebi que a cobrinha podia começar o movimento tanto das extremidades, quanto do centro do seu corpo. E a partir disso sintetizei minha pesquisa a movimentações partindo desses dois lugares da coluna. Coloquei regras para não ficar muito abrangente, que foram: Usar só o plano vertical (plano porta, usando de referência a frente do meu corpo) e experimentá-la nos 3 niveis: baixo, médio e alto.
Comecei no nível médio, pois achei que seria o mais fácil. Depois que o meu corpo se acostumou naquele lugar, foi muito difícil passar para os outros níveis. O nível baixo foi o mais difícil, pois mover a coluna na lateralidade usando o chão como uma barreira para não sair do plano porta e ainda pensar na movimentação saindo do centro e das extremidades dessa coluna foi muito difícil, por isso esse foi o nível em que eu fiquei mais tempo pesquisando. O nível médio foi difícil separar o centro das extremidades, pois no começo tentei sem o apoio das mãos e não consegui, então tive que por as mãos como apoio, mas gradativamente, para que elas estivessem ali realmente só por apoio. Nível alto pesquisei mais as passagens de centro para extremidades, tentando ser o mais continuo possível.
Realmente queria ter tido mais tempo para a pesquisa, pois agora é que estou conseguindo me relacionar com ela, experimentar e sentir cada vez mais para que isso fique cada vez mais claro no meu corpo, além de querer achar outras maneiras, colocar mais obstáculos e fazer com que essa experiência se torne cada vez mais parte do meu corpo, para fazer com que comunique realmente o que esta acontecendo na minha proposta.
Alana Muniz de Lima
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