Como requisito de nota do 3º bimestre da disciplina de Composição Coreográfica, nos foi sugerido que formássemos duplas e que fosse unido com os trabalhos anteriores de cada um para então dar uma nova forma ao trabalho ou então complementar um ao outro e ainda deveria ser apresentado em um lugar alternativo.
Desta forma foi feito.
A dupla é formada pelo Israel e eu, ele trabalhou no bimestre anterior com a não mobilidade das pernas, movendo assim apenas o tronco e os membros superiores. Eu trabalhei com a mobilidade apenas das pernas, não pensando em utilizar os membros superiores nem o tronco.
Unimos os nossos trabalhos, o que foi um incrível complemento, as partes tornaram-se um todo, formou-se um corpo.
Nossa composição tem o intuito da complementação, engendração, fazemos gracejos com os nossos corpos, que se tornou uno, passamos por poses sem parar em foto. Transitamos até chegar à escada, local que achamos conveniente para executar a composição coreográfica.
E falando em foto, utilizamos de fotografias das nossas partes para criar a ambientação do nosso trabalho e também para firmar a idéia que já vinha anteriormente dos nossos trabalhos individuais (pernas -minhas- e tronco com membros superiores -Israel), sem contar que a fotografia solidifica um momento, captura um instante colocando-o em evidência e conservando-o, trazendo consigo um lugar e um tempo, tentando conseguir dividir com os olhos de quem a observa, a sensação experimentada/experienciada no momento de sua captura, porém, o observador vai gerar um significado singular, alterando-a, distinguindo entre a verdade e a aparência.
A fotografia embora pareça silenciosa, é algo que provoca e conduz a uma infinidade de discursos em torno dela, e provocar acaba-se tornando um dos pontos do nosso trabalho, seja a própria fotografia, seja pela música ou o modo que nos movemos, pois a provocação e a estranhesa esteve em muitos momentos da criação do nosso trabalho (nos disseram até em "constrangimento" por parte de quem via nossas poses, o que a nosso ver não tinha nada de errado, mas a provocação aconteceu irracionalmente).
Quanto a escolha da escada para a execução do trabalho, é pura e simplesmente a seleção do lugar alternativo, achamos propício, um lugar interessante à realização, vimos alguns trabalhos artísticos também feitos em escadarias, suponhamos que então caberia fazer o nosso.
Enfim, nosso trabalho circunda estas idéias, pensamento, e está em cada observador tirar suas conclusões: ser studium ou ser punctum, isso não importará.
TÂNDARA TRENTIN,
graduanda do 3º Ano do curso de Dança da Faculdade de Artes do Paraná.
Olá, senhorita!
ResponderExcluirRealmente fabuloso (sem rasgar seda, rsrs)!
Foto e texto excelentes! Parabéns! Pra você e seu parceiro no trabalho.
Dudão