domingo, 5 de dezembro de 2010

`Processo e bachalerado-Téssera cia. de Dnaça Moderna

Durante os processos investigativos em dança moderna na cia de Dança Moderna da UFPR, varias foram as novidades e reciclagens durante o periodo. Foram duas obras apresentadas no ano de 2010, na metade do ano a obra "Diacronia", e ao final do ano "Arthur"
Durante o ano as aulas aconteciam todos os dias, e no periodo de ensaio o processos coreograficos ocorriam depois das aulas.
A experiencia foi muito válida, a emoção e o desafio de estar em uma cia, é impressionante, e nos faz todos os dias nos rever, reavaliar e nos refazer como artistas.
BRUNA NAYANE ZEHNPFENNIG

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


“POEMAS DE UMA VIDA” é um dos espetáculos da Cia de dança Juliana Carletto, em estilo Modern Jazz, onde serão homenageadas as músicas e poemas da vida de Vinícius e Moraes, trazendo o público a ver a nossa tão bonita literatura brasileira sendo poeticamente dançada.

As pesquisas de movimentos são propostas de coreógrafas ou por algum integrante do grupo, das pesquisas são tirados movimentos que se tornam seqüências coreográficas, das quais não se é permitido (possível) a utilização de improviso em cena e nem de materiais supérfluos. As qualidades de movimento predominantes no espetáculo são: o fluxo contínuo e estacato.

O cenário será um painel totalmente condizente com a proposta, decorativo e simbólico ele se relacionará com o tema proposto, porém nem nenhum momento os bailarinos terão contato com esse painel. Não se pode dizer que o cenário é uma proposta inovadora, sem contar que o que está em foco nesse espetáculo são os poemas e músicas de Vinícius de Moraes.

Somos em 18 bailarinos em cena, distribuídos em trios, duos, solos, grupos. Na maioria vezes o solista da cena interage com o conjunto, sendo que esse solista não é necessariamente o protagonista da cena. Todos os bailarinos da cia. já tem no mínimo 4 anos de vivência em dança, e a qualidade técnica é de nível percentualmente de nível médio, afinal somos uma cia. amadora.

A obra coreográfica e muito bem distribuída pelo espaço, se utilizando de todos os níveis espaciais durante do todas as seqüências dançadas tanto pelos conjuntos, como pelos trios, duos e solistas. As entradas e saídas de cena são feitas durante todo o decorrer da obra, causando uma forma assimétrica de distribuição no espaço.

Vinicius de Moraes, tema e compositor de toda a trilha sonora utilizada na obra coreográfica, músicas essas conhecidas internacionalmente que serão apresentadas na voz de muitos intérpretes (tornando assim uma obra cantada), sendo assim um tema musical todo nacional, com exceção da música “Garota de Ipanema” que é interpretada em inglês. A música e a dança são completamente dependentes nessa obra, a as seqüências coreográficas foram todas montadas a partir das partituras. Com certeza a obra musical de Vinicius de Moraes se comunica e sugere ideias, as batidas das músicas sugerem movimentos, se tornando uma coisa fácil de se coreografar, e podendo também alternar nos ritmos e qualidade de movimentos durante a mesma música, isso se dá através da melodia usada em cada canção.


Alana Muniz de Lima

WE CAGE – PROCESSO DE CRIAÇÃO



We Cage é o mais recente trabalho realizado pela PIP – Pesquisa em Dança, na qual cumpri meu estágio de bacharelado. Trata-se de um espetáculo que reuniu a parceria dança/tecnologia para revisitar a obra de Merce Cunningham e John Cage, Variations V, de 1965, primeira obra de dança e tecnologia considerada historicamente.

A referência à Variations V, se deu em duas principais características e aconteceu da seguinte maneira:

Pelo estabelecimento de parâmetros de movimento – a obra de Merce Cunningham, (não só Variations V, mas todas as outras também) possuem parâmetros bem claros, são eles curv (curva), arch (arco), twist (torção) e tilt (inclinação), usados essencialmente na vertical (em pé) em movimentos bastante parecidos com os da técnica do balé, porém, ao invés da leveza que impera na verticalidade da técnica clássica, Cunningham nos traz o peso, sendo assim, a acentuação dos movimentos realizados pelos bailarinos é sempre para baixo, ou saindo de baixo para cima (up right). O que fizemos na PIP foi utilizar esses mesmos parâmetros de movimento, curva, arco, torção, inclinação e de baixo para cima, só que na horizontal (deitadas).

Adoção de processos randômicos na realização do espetáculo – Tanto Cunnningham quanto John Cage realizavam suas obras a partir de processos randômicos, ou seja, processos aleatórios, realizados em sua maioria das vezes por sorteio.

Então, We Cage, seguindo essas duas características principais, foi construído reunindo refinados aparatos tecnológicos, como sensores sonoros de movimento acionados por peso, flexão, programas cibernéticos que trabalhavam a imagem em tempo real, numa espécie de revisitação de Variations V, estabelecendo uma relação de atualização utilizando-se dos recursos tecnológicos que temos hoje.

Em We Cage trabalhamos com o movimento que é não há narrativas regendo o espetáculo, ou como explicaria a dramaturgista de dança Rosa Hércoles: “Na dança, a construção dramática ocorre pelo movimento – mover é agir. [...] o corpo que dança não encena algo – ele está em algo.” A coreografia reunia quatro proposições em forma de jogos, que eram decididos a partir de sorteios, esses jogos, foram inspirados em partes de Variations V.

Muito foi experimentado nesses jogos, e grande parte das configurações finais foi estabelecida junto aos programadores, pois os movimentos modificavam muito com a presença dos sensores. Os programas utilizados eram o sorteador coreográfico desenvolvido através do software Max msp; Max msp e Ableton Live em conjunto atuavam sobre o sensor de angulação, em uma cena, e em outra o Flexomêtro colocado no joelho da bailarina, disparando notas aleatórias com timbre de piano, além do usa da técnica “motiontracking” no trabalho das câmeras.

Aqui falo bastante do espetáculo, porém, We Cage trouxe a peculiaridade de nunca ser um produto final, era sempre um processo de criação se dando a ver durante os 35 minutos no qual acontecia, muito foi experimentado e como diria Cecília Sales, foi um artefato artístico surgido ao longo de um processo complexo de apropriações, transformações e ajustes, constantes.

Para mais informações visitem: www.wecageme.blogspot.com

Por Rose Mara da Silva


REFERÊNCIAS:

Corpo e dramaturgia - Rosa Hercóles, na compilação Hummus, organizada por Sigrid Nora, 2004.

Gesto Inacabado - Processo de Criação Artística, Cecília Almeida Salles, Annablume, 2004.


Estágio bacharelado / Um - Núcleo de pesquisa em dança da FAP


Neste quarto bimestre, a proposta da professora Rose Rocha, na disciplina de Composição Coreográfica I, foi de escrever um pré-projeto sobre aa pesquisa do quarto ano. E também fazer um relato sobre o processo de criação durante o estágio de bacharelado.

Escolhi o Um- núcleo de pesquisa em dança da FAP, para estagiar. Como o nome já diz, é um grupo de pesquisa em dança, e que teve nesse ano a proposta de aproximação com a artista visual Iole de Freitas. Esta escolha se deu pois uma das proponentes do grupo estudou sobre a artista em sua monografia de pós- graduação. Iole de Freitas trabalha com grandes instalações, portanto tem uma relação de espaço muito espandida que é ocupada por linhas que parecem se movimentar durante a apreciação da obra, a Mari, a proponente que estou Iole percebeu algo de muito corporal e espacial na obra da artista, e então veio o interesse, não de dançar as obras da Iole, mas sim criar relações, aproximações e motivações para o processo de criação.

Tivemos o segundo bimestre inteiro para experimentar corporalmente algo que nos atraisse, e o que me chamou muito a atenção foram as janelas das salas onde aconteciam as instalações, pois ali ela fazia parte do trabalho, ou não. Me questionei de como eram voltados os olhares pra essa janelas, e no meu corpo estavam acontecendo movimentos retorcidos (palavra trazida por uma das integrantes do grupo), o olhar buscava até o momento onde o tronco já não mais aguentava, até que de alguma forma o movimento continuava, e ia e ia, torcendo e retorcendo, o tronco torcido. Ficamos um bom tempo nessas investigações pessoais, sempre com observações e feedbacks.

Nos apropriamos das obras de Iole de Freitas, toda a espacialidade e todo movimento contido numa continuidade sem fim.

Como durante o ano todo propos improvisos de música e dança, acabou que nos aproximamos de dois músicos que fizeram parte dessa dança, e começamos mais uma investigação de som e movimento, pausa.

O espetáculo tinha sua ordem de acontecimento, porém era todo improvisado.

Percebo que desde o inicio da criação do trabalho, varias coisas se transformaram, sons, movimentos, trio, mangueira, enfim. E agora com minhas anotações, indicada pelas proponentes do grupo, ou os chamados documentos de processo, por Cecília Salles, vejo toda a transformação ocorrida para chegar no "Paisagens continuas", todo o preocesso de composição e pesquisa, envolvido no trabalho, que foi apresentado no final de outubro.


Mariana Alves

UNO


Como já fiz o estágio de bacharelado a três anos atrás, falarei um pouco da construção do solo UNO, que fez parte da primeira temporada da Téssera Cia de dança onde tive participação efetiva na pesquisa de movimentos e na construção coreográfica.
A idéia principal era a criação de um solo masculino de dança contemporânea. Em meio a um emaranhado de idéias de construção cênica, fui direcionado pela coreógrafa Cristiane Wosniak a pesquisar movimentos baseados na minha trajetória pela dança e meus conflitos internos e externos relacionados às tomadas de decisão dos últimos anos que tive.
Colocar questões pessoais em cena era algo até então novo para mim, já havia dançado sobre a vida de outras pessoas, conflitos de terceiro. Essa imersão nos meus trajetos pessoal me fez experenciar um novo momento na minha carreira artística. Segundo BONDÍA no seu texto NOTAS SOBRE A EXPERIÊNCIA E O SABER DE EXPERIÊNCIA: “a experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca...” Me permiti adentrar os meus espaços mais ocultos e vasculhar lugares que até então preferia não enfrentar.
Tal experiência trouxe a tona um roteiro, uma história contínua e repetitiva, que logo se transformou em pesquisa de movimento e daí foram desenvolvidas células/frases coreográficas.
BONDÍA pontua que a experiência é cada vez mais rara por falta de tempo. Eu me permiti demorar, sempre que alguma descoberta era feita, fiquei um tempo desvelando tal trecho, entendendo porque aquele estímulo se manifestava, insistindo e experenciando suas nuances até partir para a codificação (toda a pesquisa de movimentos partia dos estímulos que vinham de memórias e experiências pessoais – o que me movia a me mover)
Ao final do processo tivemos a obra UNO, coreografia de em média 5 minutos, refletindo a história de uma andante em crise com sua vida, com questionamentos sobre seu ‘onde’, seu território, seus amores. Enfim, um errante comum se permitindo experenciar novidades e querendo estar em dois lugares ao mesmo tempo.


Israel Becker

Bailarino e graduando no 3º ano pela Faculdade de artes do Paraná

Obra Coreográfica "Sensações"


Escola de Dança Viviane Cecconello

Dança Contemporânea;

Titulo: Sensações.

Minhas experiências em dança deste ano foi pela escola de dança Viviane Cecconello onde tinha aulas de ballet clássico e dança contemporânea. A obra dançada foi “Sensações”, uma obra contemporânea coreografada por Paula Pelisari.

A obra um título essencialmente explicativo, pois a coreografia faz referências diretas do título. Ex: em um trecho da coreografia a música para e todos os dançarinos que estão no palco falam: consciência, deslizar, controle (palavras que remetem às sensações da dança).

Neste processo coreográfico não há uma narrativa definida, porém o tema central da obra foi a água e as sensações que ela remete no corpo. Como referência e mote inspirador, utilizamos o vídeo de uma obra coreográfica da Cia do Teatro Guaíra intitulada “O segundo Sopro” em que também utilizam a água como estratégia coreográfica.

Existe uma certa pesquisa de movimento nesta coreografia através de vídeos, leituras e improvisos. A obra foi finalizada e coreografada na íntegra, não tendo a possibilidade de improvisação ao longo da dança. Os integrantes do grupo se utilizaram da improvisação apenas na concepção da obra. Feito isso, a coreografia se estruturou do começo ao fim.

A obra também trazia muitas informações e interferências – mudança de musica no meio da obra, pausa, fala, entradas e saídas dos bailarinos, água no palco. A utilização da fala – encenação - na coreografia é ousada e inovadora pois trás o teatral em cena. Esta coreografia se utiliza de um fraseado de movimento típico da dança contemporânea. Muitas quedas, rolamentos, contrações eram feitas. A permuta entre os níveis e as qualidades de movimento – ligado, quebrado – eram constantes. O tempo rápido dos movimentos era o mais evidente nesta coreografia. O revezamento dos bailarinos no palco é constante. Dificilmente dançam todos juntos – somente no inicio, pois a obra tinha o objetivo de ser equilibrada, tendo o cuidado de não sobrecarregar o palco. Em determinados momentos da coreografia são feitos trios, duos e solos, as entradas e saídas acontecem através de caminhadas e saltos.

A experiência de dançar esta obra foi bastante produtiva, pois no processo de criação fomos instigados a fazer pesquisas de movimento, literaturas acerca do tema. Muitos de nossos improvisos fizeram parte das seqüência coreográficas. Por isso, a particularidade de cada bailarino se fazia presente nesta obra, o que deixou a coreografia bastante dinâmica, ousada e original.

FRANCIELE PASTURCZAK

Processo de criação desenvolvido na Cia Viviane Cecconello


O processo coreográfico que será descrito neste texto foi realizado na Cia de dança Viviane Cecconello, durante o ano de 2010 no mês de junho, para o estágio bacharelado do 3 ano de Dança da Faculdade de Artes do Paraná. Esta obra foi apresentada na “Mostra de Danças e Ballet” no dia 27/06/2010, no anfiteatro Sest/Senat no Boqueirão.

A obra colocada em questão tem como titulo “Sensações”, desenvolvida pela professora de contemporâneo da Escola de Dança Viviane Cecconello Paula Pelissari, pois busca a partir do que foi desenvolvido em sala de aula, colocar em cena as sensações que a água trazia para nossos corpos, e foi através destas sensações que nortearam a criação da obra.

O processo de criação desta obra se deu em sala de aula, nas aulas de dança contemporânea. O processo de criação aconteceu com a improvisação em cima do tema proposto pela coreógrafa. A movimentação que surgiu foram bastante criativas e de acordo com a proposta, elas surgiram das integrantes do grupo juntamente com a coreógrafa para a composição de seqüências.

A obra não possui uma narrativa, e sim um tema central que norteou os processos de criação para a movimentação dos bailarinos. O tema é sobre a água e as sensações que ela trás para o nosso corpo. Assim, através de copos com água em cena, onde a água era colocada nos corpos dos bailarinos, foi que a sensação da água foi trazida, para que o corpo entrasse em contato com o tema central da obra.

Em toda a obra coreográfica a qualidade de movimento predominante é de característica fluida. Os movimentos possuem alternância de fluxo (contido e livre), onde os bailarinos transitam por esta alternância. Esta característica surgiu dentro dos jogos de improvisação no processo de criação, pois o tema trás consigo a idéia de fluidez e leveza.

Esta obra não possui um figurino especifico, todos os bailarinos dançaram com collant, calça preta e descalços. Este figurino ajudou na visualização dos movimentos, porem não contribuiu para um enfoque maior na proposta do coreógrafo, das sensações da água no corpo.

A obra possui em toda sua criação um enfoque centrado no tema, e assim contribuiu para que os jogos de improvisação realizados em sala de aula tivessem conexão com o desenvolvimento de movimentações trazendo uma coerência entre a movimentação dos bailarinos e o tema proposto.

O artista encontra os mais diversos meios de armazenar informações, que atuam como auxiliares no percurso de concretização da obra, e que nutrem o artista e a obra em criação, assim existe um registro de experimentações, deixando transpor a continuidade para a concretização da obra.

Carina Maragno Trombim

Cia de Dança Oito Tempos



Minha experiência de estágio em bacharelado se fez na Cia de Dança de Salão Oito Tempos.
A Cia trabalha com técnicas especificas de dança de salão mas também agrega princípios e movimentos de outros estilos de dança para melhor preparo corporal de seus bailarinos.

Para mim trabalhar com a Cia este ano foi uma experiencia nova e bastante interessante, visto que me aproximei de uma técnica de dança até então pouco conhecida por mim.

Usar novos caminhos, descobrir novas possibilidades de movimentação, descobrir o dançar a dois, dentre muitos outros fatores, me deixaram muito satisfeita em questão de realização pessoal. Percebo que como bailarina só acrescentei a meu corpo e pude "renovar" meus padrões de movimentos.
Não foi fácil aceitar aprender tudo do básico, uma vez que você já é experiente em outra técnica. Sentia-me uma tola "torta" por muitas vezes, mas compreendendo que isso faz parte do processo de aprendizado.

Sair de uma técnica onde a maioria das vezes você depende somente de si mesmo para dançar, onde você é responsável pela direção tomada e tem controle sobre seus movimentos, como no ballet por exemplo, e partir para uma técnica onde a Dama deve se deixar ser conduzida, levada de uma forma mais pasiva e quem define os movimentos é o cavalheiro, foi um tanto quanto desafiador. Me deixar conduzir, aprender a ter calma, esperar condução, dançar a dança do outro foi uma experiencia inovadora e confesso, um ótimo exercício de paciência!

Portas se abriram e ainda estão se abrindo para mim através desse "novo dançar". A experiência com outros estilos de dança, minha bagagem, certamente me ajudaram muito no processo de aprendizado. A tal "facilidade" de ter um corpo pronto e disposto me ajuda muito.

Pretendo dar continuidade a esse meu trabalho no ano seguinte, pois é algo que me satisfaz muito e um meio que vem crescendo cada vez mais no mercado de trabalho. Ao meu ver, uma forma de juntar o útiil ao agradável!

*JULIANA GOMES DIAS*

FAZENDO ARTE

CIA. DE DANÇA JULIANA CARLETTO

Processo de criação do espetáculo Follia, referente ao estagio de bacharelado do curso de dança da Faculdade de Artes do Paraná:

Espetáculo Follia

Follia: (do italiano) Fol.li.a sf 1. Loucura, demência. 2. Exagero. 3. Fantasia

As significações da loucura mudaram ao longo da historia. Para Sócrates, existiam quatro tipo de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo. A ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuído por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e a loucura poética, produzida pelas musas.

A esquizofrenia, também já estudada desde os gregos, atualmente é considerada um transtorno psíquico que causa alucinações e alterações no contato com a realidade.

O que Sócrates jamais imaginou, é a loucura produzida pelo stress e pressão do dia-dia contemporâneo.

O processo de criação deste e de todos os espetáculos do grupo é uma investigação corporal por todos os bailarinos e orientada pela diretora do grupo Juliana Carletto. Primeiramente foram levantados referenciais teóricos sobre o tema do espetáculo e depois uma investigação de movimentos sobre os dados coletados por todos. No processo de montagem são usados muitas improvisações e contato-improvisação, então a diretora do grupo seleciona e tira movimentações criadas pelos próprios bailarinos, e assim é feito pequenas células coreográficas. Em “Corpo e Dramaturgia” de Rosa Hércoles ela escreve que há readaptações e outros arranjos no corpo que dança, e que esse corpo já trás algum tipo de significado. A diretora do grupo dava a indicação que além da forma as sensações aflorassem na movimentação dessa forma acontecendo uma troca constante entre corpo e ambiente e se readaptando com ele a cada momento.

CARLOS ALBERTO MENDONÇA JUNIOR

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

experiencias de danca



Bom este ano graça a Deus ta passando mais as experiencias ficam e marcada pelo corpo... tive a oportunidade de estagiar na compania da Viviane Cecconelo onde aprofundei meus conhecimentos teoricos e tecnicos dancando o Pas de Deux Pas Paysant... foi muito bom esta experiencia tive a oportunidade de levar para meu estagio de escola que tambem nos faz refletir sobre o ensino de dança na escola e como a arte pode esta enserida dentro do contextos das escolas.

tambem tive a oportunidade de dancar no guairinha atréves do ABABTG, que foi de grande experiencia na minha carreira artistica e pesquizador de dança. outra obra que me fez vibrar foi junto a escola do guaira dancado o Sábio da Sagração da Primavera esta obra me fez olhar a dança com outo olho nunca pensei que iria dancar esta obra e que sem ducida me deu uma grande satistação como aluno e artista no mumo da danca.

- Estágio Bacharelado -



Neste 4º Bimestre a Prof.ª Rosemeri Rocha nos solicitou que falássemos a respeito de algum processo coreográfico da companhia que estagiamos neste ano (2010). A coreografia que discorrerei a respeito será "Trânsito" do Balé Teatro Guaíra.

A autora desta coreografia se chama Ana Vitória. Ela é bailarina e coreógrafa baiana, formada pela Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Mestre em Dança pela Universidade Gama Filho (UGF/Rio de Janeiro), tendo como resultado a publicação do livro “Angel Vianna – Uma Biografia de Dança Contemporânea”. Professora universitária das Faculdades Angel Viana e UniverCidade (RJ) nas cadeiras de Composição Coreográfica e Técnica de Dança Contemporânea. Trabalhou como intérprete na Cia Terceira Dança (BA/RJ/SP), Grupo Tran-Chan (BA) e Cia Endança (DF) entre outras. Em 1994 morou na França onde trabalhou com coreógrafos de renome da Nouvelle Danse Française. No Rio de Janeiro dirige a Cia Ana Vitóriria Dança Contemporânea desde 1996.É uma coreógrafa independente, onde possui sua própria companhia; mas não existe nenhuma filiação com o BTG, ela apenas foi contratada para coreografar dois espetáculos.
Ela é uma dança contemporânea, mas não de processo e pesquisa, a coreografia foi trazida “pronta” pela coreógrafa, ou seja, é uma pesquisa de movimento da Ana Vitória.O espetáculo é uma pesquisa em conjunto, organizada pelo músico Cláudio Dauelsberg e a coreógrafa. A obra trata da diversidade rítmica e formal, inspirada em ritmos tribais de diversas culturas.Como já citei anteriormente, é uma pesquisa de movimento da coreógrafa, ou seja, são as tendências de movimentação dela; penso que ela seja criativa, pois não vi até hoje este estilo de movimentação, e ela é interessante de observar pela riqueza de detalhes que possui.Não existe possibilidade de improvisação na obra. A obra já é um produto finalizado e ensaiado exaustivamente.A obra possui um todo integral, possuindo um começo, meio e fim bem claros e definidos. Na obra existem cenas bem definidas, e isso fica bem mais claro com as músicas, ou seja, o início e o fim de uma cena é o início e o fim de uma música.
A obra explora variadas direções espaciais, mas sempre em linha reta: frente/trás, lado/lado e nas diagonais;onde se utiliza dos níveis baixo, médio e alto (se considerarmos que o bailarino em pé seja o nível alto). As entradas e saídas em cena foram estabelecidas pela coreógrafa, sendo assim, os bailarinos não possuem este poder de decisão. O padrão e a forma coreográfica predominante na distribuição espacial dos bailarinos na cena é sempre de modo simétrico, como a movimentação também é bem simétrica e precisa, ela se une com a utilização da simetria espacial.

A tentiva do BTG de se tornar uma companhia contemporânea se iniciou a mais ou menos 10anos atrás. Mas o que mais parece é que, o que se "contemporâneizou" foram os movimentos, e não uma mudança que envolvia tanto a movimentação quanto a filosofia/ideal/pensamento, um processo de dentro para fora, mas só houve uma preocupação com a estética. Sendo assim, será que nós da companhia podemos falar que dançamos balé contemporâneo?


*HADIJI NAGAO

Tanguillos


Tanguillos diz respeito ao quarto trabalho proposto pela professora Rosemeri Rocha na disciplina de Composição Coreográfica I do curso de Dança da Faculdade de Artes do Paraná.

Tendo como base o Estágio Supervisionado em Dança Bacharelado realizado na Cia Profissional Carmen Romero Dança Flamenca durante o corrente ano, venho compartilhar minhas análises e reflexões acerca dos processos de criação coreográfica de uma da obras que dancei.

Tanguillos trata-se de um ritmo flamenco bastante rico e versátil, apresentando muitas variações em suas interpretações nas diversas regiões da Andaluzia. Como regra comum, Tanguillos é um palo/ritmo com compasso quaternário bem marcado, tendo o cante/canto usualmente alegre e festeiro.

A Dança Flamenca possui uma formatação característica para cada palo. Alteram-se desenhos coreográficos, ordem e combinações dos passos, mas de uma forma geral, existe uma lógica construída cultural e historicamente que é mantida nas composições coreográficas: momento para se sapatear, para chamar o cantor, para o solo da guitarra, para a entrada do baile.

Tanguillos, especificamente, foi uma obra criada pela própria Carmen Romero para o Espetáculo De Colores apresentado nesse mesmo ano. A criação não foi compartilhada com as bailaoras, e tampouco tivemos acesso direto às pegadas (como diz Cecília Salles em “Gesto Inacabado”) deixadas pela criadora do processo de criação da coreografia.

Apesar dessa aparente impossibilidade de interferência na obra, continuamente éramos estimuladas a nos apropriarmos das movimentações, e buscarmos relações que pudessem potencializar o que comunicávamos. Rosa Hércoles em “Corpo e Dramaturgia” aponta que há reconfigurações e outras organizações no corpo que dança, e que por si só isso já apresenta significado. A coreógrafa propunha que forma e sentido coexistissem na obra, e que dessa modo, corpo e ambiente estivessem em constante troca. Realmente, bailaores, cantes, guitarristas e palmeros são indissociáveis na Dança Flamenca.

Em suma, a experiência de criação, mesmo que menos compartilhada do que habitualmente vem sendo difundida na academia, possibilita a compreensão de que as obras não acontecem em um insight, como reforça Salles, mas sim como uma rede de registros, materiais, manuscritos que juntos compõem um processo artístico, e por fim a obra.

Sylviane Guilherme

experiência em ambiente profissional


cumpri meu estagio de bacharelado, na cia de dança do balé teatro guaira, fiquei muito satisfeito em poder estar atuando em um ambiente profissional e reconhecido no parâmetro da dança nacional e internacional, pude conviver com grandes bailarinos e professores, onde todos os dias pude aprender alguma coisa,tive o privilégio de viajar e dançar com a cia nos mais diferentes palcos do Brasil, a cia possui um repertório bem variado que vai do clássico de repertório ao contemporâneo, os problemas enfrentados pelos bailarinos na cia são inúmeros , que vão desde o baixo salário até as injustiças cometidas pelos dirigentes, onde os melhores papeis são dançados por aqueles que de alguma maneira pessoal agradam a diretoria da instituição,mas mesmo com tantos problemas ainda se cocegue ver muita alegria nos bailarinos que estão no teatro, pois a casa oferece uma boa estrutura para trabalhar em termos de espaço físico, possui um teatro maravilhoso, onde ninguém precisa se deslocar para ensaiar, e em algumas raras vezes pode-se ter renomeados coreógrafos montando bons trabalhos para a cia. Em sintese achei a oportunidade de grande valia para minhas vivências profissionais e acima de tudo artísticas, podendo aumentar meu vocabulário de movimentação e melhorar minha técnica, já que tive o auxilio de grandes profissionais.
ERALDO ALVES

A MOSCA – obra e processo coregráfico


Trago em voga a obra coreográfica A Mosca, antiga coreografia da TrirA, que foi escolhida para remontagem pela equipe pedagógica (diretoria e professores) para ser um repertório focado para Mostras e Festivais de Dança, uma forma de mostrar o jeito da TrirA pensar e fazer dança. A Mosca está com o processo finalizado momentaneamente, sofrendo algumas variações quando o número de bailarinos disponíveis no grupo varia.

A coreografia recebeu mudanças em decorrência de processos que focavam o entendimento e apropriação dos bailarinos em relação a temática coreográfica. As coreógrafas utilizaram de movimentos que surgiram naturalmente no grupo para adaptar A Mosca para um contexto mais atualizado e coerente. Desta forma, foram feitos laboratórios de improvisação com proposta visando a expressividade decorrente da idéia proposta para a obra, o cômico, o sátiro, o bizarro.

A obra tem como trilha sonora a música Mosca Na Sopa, do músico brasileiro Raul Seixas, e que já era utilizada na antiga montagem. A coreografia é inspirada e apoiada pela letra e construção da música, por isso, cenicamente partituras coreográficas e musicais se somam para causar efeito. Desta forma, os momentos de repetição da música, servem para reafirmar que, o incomodo estará sempre e em todo o lugar, quando Raul insiste em cantar “E não adianta vir me detetizar (…) porque você mata uma e vem outra em meu lugar (...)”.

No geral, a composição da Mosca é muito simples em seus recursos de efeito e muito objetiva na temática. Além do corpo em cena, apenas o figurino -apenas peças com tecido de meia calça coloridos, sobrepostos e rasgados, acompanhado de tope coloridos por cima de colant preto- é usado para reforçar a imagem bizarra, sendo uma poluição visual a primeira instancia, uma vez que o figurino é único e próprio de cada bailarino que apenas obedece as escolhas estéticas já estabelecidas ao figurino. Por se tratar de uma coreografia onde os bailarinos usam muito o chão -utilizando-se de todos os níveis-, os figurinos são frágeis (podem desfiar com facilidade) e dança-se descalço, A Mosca é uma coreografia feita para o palco. Feita com o desejo de arrancar risos da plateia, com suas organizações inusitadas e simples com seus pequenos momentos de variações de fluxo, e muitas caretas. Assim, a MOSCA é uma obra que visa uma crítica suave a sociedade e aos comportamentos mesquinhos humanos, por meio da descontração e do bom-humor.

Caroline Natalie Stroparo

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dança e espaço exterrno

Para realizar nosso trabalho usamos como mote o espaço externo, neste caso o campo de futebol que nos levou a diferentes situações vividas por nós , não queríamos simplesmente executar uma coreografia num espaço diferente, mas sim interagir com este lugar levando nossa dança até ele com tudo que este espaço representa, para que as ideias ocorressem ficamos horas no campo de futebol improvisando, até chegar na movimentação que achamos coerente com tudo que queríamos comunicar, quando finalmente nos demos por satisfeitos e chegamos a algo que nos remetia a experiências e situações vividas anteriormente, no decorrer do trabalho percebemos que para estabelecer uma relação com o espaço externo é preciso "corporificar" este lugar e trazer para esta dança o real estado que este lhe remete.
Eraldo Alves

domingo, 3 de outubro de 2010

COMUNICAÇÃO GESTUAL









"O mais importante na comunicação é escutar aquilo que não foi dito."
( Peter Drucker )

Em nosso cotidiano nos utilizamos constantemente dos gestos para apoiar nossa expressão, enfatizando ou simplesmente complementando algo que verbalizamos. Assim, a comunicação, formal ou informal, sempre se faz acompanhar de sinais gestuais, que carregam de significados a interação entre as pessoas, conferindo-lhes maior ou menor expressividade e ampliando as suas possibilidades de compartilhar informações.


Nesse bimestre na proposta de trabalho em duplas procuramos aproximar ao máximo as propostas realizadas no bimestre passado. A junção do meu tema com o da minha colega Malki,resultou em GESTOS, COMUNICAÇÃO. Para desenvolver nosso trabalho optamos em estudar libras (Língua Brasileira de Sinais). O motivo pelo qual decidimos partir para esse lado investigativo foi porque libras nos proporciona um infinito e rico vocabulário comunicativo além de intensas expressões físicas e faciais.


A partir de palavras cotidianas como “bom dia”, “oi”, “bom”, “ruim”, criamos frases e adaptamos gestos comunicativos que se transformaram em movimentos (sempre com base em libras). Esses movimentos se modificam devido a repetições, se transformam, se desconstroem, se relacionam, criando uma linguagem comunicativa própria, verbal e não verbal, que se altera e se adapta quanto a espaço, estado corporal, troca de energia e intenção pessoal de cada intérprete. O público é de suma importância, uma vez que a proposta pede troca e estímulos vindos de fora. Assim cada demonstração torna-se nova e inesperada exatamente como em uma conversa, o processo COMUNICATIVO é caracterizado pelo contínuo registro e emissão de sinais.



“[...] o estímulo dá forma a uma resposta, e uma vez que esta tenha sido aprendida, o indivíduo se encontra condicionado a buscar aqueles estímulos que colocariam em funcionamento suas respostas”. Bateson e Ruesch (1965).



*JULIANA GOMES DIAS*

Mostra de Dança da Fap


Nesta semana de Mostra de Dança, muitos trabalhos interessantes foram apresentados, porém um muito especifico me chamou a atenção. O trabalho da aluna Elizabeth Cristina Araujo, do quarto ano da Faculdade de Artes do Paraná, que fala da dança jazz relacionada com a música jazz me chamou atenção. Além de ser bailarina dessa técnica, também me interesso em fazer um trabalho relacionado com o Jazz Dance e assim sendo, achei interessante a relação entre a música e a dança jazz que ocorre na pesquisa, como a aluna aborda a movimentação da dança com a especificidade de cada instrumento que forma a música, além de ter um corpo que responde muito bem a técnica e uma movimentação muito característica, ela transpõe a música na movimentação, como se esta fizesse parte do seu corpo.
Por: Alana Muniz de Lima
Neste terceiro bimestre na disciplina de Composição Coreográfica I, fomos orientados pela docente Rose Rocha, a qual pediu que nos reuníssemos em duplas e pela afinidade e amizade já cativada resolvi formar dupla com a Raquel, que ao longo da disciplina vem pesquisando o corpo liquido. A segunda proposição foi a de buscar um vídeo de um trabalho artístico que envolvesse espaços alternativos, escolhemos então o trabalho desenvolvido por Marila Velloso chamado “Entreterritórios”, nesta obra a artista experimenta e trabalha em cima de diferentes solos e cidades. O que muito nos chamou atenção foi o fato da experimentação em mais de um espaço e uma cena específica de água, onde lembramos muito da ideia do trabalho da Raquel.
Neste terceiro bimestre havia, em mim, uma vontade de experimentar o meu corpo em outros ambientes, principalmente em espaços verdes ( natureza), e esta foi a próxima proposta, escolher um espaço alternativo, junto da dupla, para continuar a criação, eu e Raquel, então, escolhemos um pedaço do gramado da Agrárias. Neste espaço já tínhamos muita familiaridade, pois muitas vezes percebemos o tempo passar através de conversas e cochilos. A questão da água, que é um dos elementos da natureza, trazido por minha parceira, entrou em contato com a minha escolha de falar de espaços que nesse bimestre se restringiu a ambientes cercados pela natureza, e assim o trabalho foi desenvolvido, a partir desse ponto em comum.
Através desse processo pude perceber muitas diferenças de ações e movimentos no meu corpo e aprofundou ainda mais a questão de que o corpo se modifica e atualiza de acordo com o ambiente. E assim pretendo dar continuidade a essa pesquisa, falando de espaço, de tempo e de corpo.

MARIANA ALVES
Mostra da FAp
Acerca das apresentações ocorridas na semana de Mostra da FAp alguns trabalhos me chamaram atenção pela atividade corporal intensa em si. Como o trabalho das Alunas do primeiro ano, Ariane e Priscila, sobre dança Afro. Foi uma apresentação que realente me tocou. Pela forma e conteúdo. A música ao vivo, as moças que cantaram, por dançarem suas raízes que mesmo que distantes presentes na incorporação, se assim posso chamar. Fio forte pelo fato de estarem dançando como se fosse a terra, como se enraizadas a terra revenciassem essa terra. Deu vontade de entrar lá também. Foi um compartilhar diferente, o de estar em alma e não apenas em corpo.

Malki Sanae Pinsag

Expandindo Partes


Este trabalho diz respeito a nota de terceiro bimestre na disciplina de Composição Coreográfica da professora Rosemeri Rocha do curso de Dança da faculdade de Artes do Paraná.

Nesta etapa, a proposta era desenvolver um ponto em comum entre dois trabalhos, assim tínhamos que escolher uma pessoa, e desenvolver com ela uma ligação entre as pesquisas em um espaço alternativo. O trabalho da Carina Trombim, com quem desenvolvi esta proposta, falava especificamente de expansão corporal, de um corpo integrado, e a minha pesquisa no entanto, falava de partes corporais separadas, porem continuas e em movimentos. Assim, nossa solução foi trabalhar a expansão, com a respiração no inicio, para integrar o corpo e expandi-lo por inteiro, e depois expandir cada parte trabalhada individualmente separadas em membros superiores, tronco, cabeça e membros inferiores, tentando integrar tanto a expansão da respiração nas partes, quanto a expansão da movimentação.

Como falamos de expansão e respiração, escolhemos um espaço aberto, com muitas árvores, com sons variados, que pudesse interferir de diferentes formas no trabalho, assim o espaço acaba se tornando parte da movimentação.
A estratégia que usamos é primeiramente expandir pela respiração, todo o corpo, tempo também para nos relacionarmos com o ambiente. Seguindo começaremos a focar a respiração e a expansão nas partes do corpo, começando com membros superiores, cabeça, tronco e finalmente membros inferiores. Aos poucos, depois de passar por todas as partes separadamente, moveremos todas ao mesmo tempo, juntamente com a expansão e com deslocamento no espaço. Sempre deixando claro que o ambiente influencia totalmente, desde o estimulo visual, até os sonoros, sensitiveis e etc.
Esta pesquisa também foi influenciada por um vídeo do DV8, The Cost of Living, onde o bailarino, em um lugar alternativo, faz uma série de movimentações que começam pequenas e vão se expandindo por todo o corpo, assim, relacionamos com a nossa proposta e foi de grande ajuda para o inicio da pesquisa. Também utilizamos um texto da Paola Berenstein Jacques, Corpografias Urbanas, neste texto ela diz que: As memórias da cidade, no nosso caso de um ambiente diferente, ficam inscritas e contribuem na configuração do nosso corpo. Assim sendo podemos dizer que quando mudamos de ambiente, este configura nosso corpo de uma outra maneira, causando uma mudança na estrutura corporal, na movimentação.

Assim, nossa pesquisa se constrói de uma lógica criada com a relação dos dois trabalhos e que se desenvolve a partir da influencia do espaço.


Por: Alana Muniz de Lima

experiencia em dupla

neste terceiro bimestre trabalhamos a prosfessora Rose as pesquizas em dupla as diferenças e o que cruzam cada trabalho, assim vemos que a experiência e tentar achar pontos que cruzem e comunique algo.É assim o que modifica e o que é modificado, ao receber informações o corpo passa a experîenciar e a trocar exeriências.
em nossos trabalho a experiência acontece no espaço alternatio em tempo real expandido e se deixando receber. é assim estamos sugeito as experiências que nos modifica e que modificamos acontecendo assim uma troca uma disponibilidade entre ambas partes. o sugeito expereincia o ambiente e o ambiente o sugeito acontecendo assim relações do corpo com espaço ambiente, do que expandir pra fora e o que vem de fora e para dentro.
assim vejo que no meu trabalho vejo que o corpo que é visto como sistemas que se comunica-se aqui através do movimento, visto no meu trabalho no inicio da gestação e que vamos expandindo ate sairmos para o mundo e é atraves do movimento que vamos nos relacionando com o ambiente e o ambiente com nosco.


jose Ilsom dos santos

O sem nome

" Custa-me crer que eu morra. Pois estou borbulhante numa frescura frígida. Minha vida vai ser longuíssima porque cada instante é. A impressão é que estou por nascer e não consigo. Sou um coração batendo no mundo. Você que me lê que me ajude a nascer."

Com esse trecho de Clarice Lispector é que dou inicio ao meu processo de criação em dupla. Do tema que eu havia trabalhado no bimestre passado tentei delimitar em algo que depois, nas conversas com a colega de equipe, ficou sendo bem abrangente, mas nós conseguimos encontrar um caminho por ali. Fechei em GESTO, gestos cotidianos de expressão durante a fala. São aqueles movimentos que fazemos, principalmente com os membros superiores, mas que envolvem desde a articulação coxofemural, até a expressão facial em relação ao desbravamento da palavra, num contexto lógico e significante.
Para poder uniri meu tema com o da Juliana ( minha dupla), procuramos algo que se aproximasse em relação a tipode movimentação e comunicação. Como o trabalho dela fora sobre deficiências físicas, encontramos afinidade na linguagem de LIBRAS ( tipo de comunicação utilizada por pessas com deficiencia auditiva). Assim, para nortear nosso pesquisa, criamos um texto em que pudesse ser trabalhado ao mesmo tempo o gestual na espontaneidade e o gestual significativo de Libras. Através da repetição vimos o que e em que podia ir se transformando os gestos. Sempre em ordem lógica de significância, mas com intenções diferentes, até porque a origem de tais movimentos têm como forma de impulso desgargas físicas e emocionais diferentes( gestual espontâneo da fala e libras). Esse gestos tambem foram experenciados em diversos locais e notamos que dependendo do ambiente os mesmo gestos sofriam alterações algumas vezes bem nítidas e outras vezes de carater corporal interno de cada intérprete. Por este fato, a movimentação que fora marcada ( coreografia), vai sendo improvisada e assimilada de acordo com os estímulos do momento.

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LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987.

Malki Sanae Pinsag

AUTO

No terceiro bimestre a nova proposta da professora Mestra Rosemeri Rocha foi de unir e relacionar o trabalho de pesquisa com o de um colega da mesma classe em um ambiente externo.

O primeiro passo dos pesquisadores foi de olhar o ambiente externo como uma espécie de ambiente contextual. O semioticista Thomas Sebeok diz: que o contexto é o reconhecimento que um organismo faz das condições e maneiras de usar efetivamente as mensagens do ambiente, e que o contexto onde as “coisas“ acontecem é muito importante, pois o onde que elas acontecem nunca é passivo. Sabendo disso os pesquisadores analisaram esse ambiente e elencaram o que ele proporcionava e que estímulos ele doava a esses corpos. Então foi decidido que através de estímulos sonoros e visuais esses corpos iriam se movimentar em lugares e planos diferentes dentro desse espaço externo que foi delimitado. Também teve a preocupações de firmar presença e ganhar espaço corporal dentro desse lugar, usamos a respiração e a idéia de condensar e expandir para que ocorra uma expansão corporal e torne vivo esse ambiente nos corpos.

O questionamento do trabalho ainda continua de “Como eu construo e transformo minha identidade a partir das informações que eu recebo”. Analisar o padrão corporal que esse corpo possuía e como ele se transformou ao longo de um período a parti dessas novas informações absorvidas, o intuito é mostrar como esse padrão se transformou, e não jogou fora o que existia, e de como ele se relaciona com as técnicas corporais, pensamentos, pontos de vista que já foram vivenciados e se vive até esse momento. Essas informações são sempre relacionadas ao corpo, restringindo somente a esses conhecimentos, que contribui para que abra o campo de relação da movimentação desse sujeito. Mas agora tem também a preocupação de como o pesquisador se molda dentro da informação, como ele age dentro desse novo conhecimento e o que ele tem que fazer para que essa informação interage com ele.

Vendo os trabalhos da amostra da FAP, foi vistos e achado de muita importância os trabalhos do quarto anos do curso de dança, pois já é um conhecimento de como deveremos agir no próximo ano onde estaremos nos lugares deles. Achei muito interessante o trabalho de pesquisa da aluna Ludimila Aguiar Veloso, pois se relaciona com o que venho pesquisando, desse corpo em prontidão que está aberto a estímulos e informações.
Carlos Alberto Mendonça Junior
Refêrencia Bibliografica:
O corpo: pistas para estudos GREINER, Christine.indisciplinares. São Paulo: Annablume,2005.Refêrencia Bibliografica:

Lato & Stricto


“Lato & Stricto” diz respeito ao terceiro trabalho proposto pela professora Rosemeri Rocha na disciplina de Composição Coreográfica I do curso de Dança da Faculdade de Artes do Paraná.


Aos eventuais leitores, atualizo que tal trabalho se trata da continuidade da proposição “Pegadas de uma Coluna Vertebral” [1] e “Gênese” [2], respectivamente, apresentadas na mesma disciplina ao término do primeiro e segundo bimestre deste ano.


O processo nesse terceiro momento teve como ponto de partida a construção de uma composição em duplas, assim como, a utilização de um espaço alternativo. Por afinidade de sentido dessa composição, decidimos Hadiji e eu, fundir nossas pesquisas.


Em seguida, nos foi sugerido que procurássemos vídeos-dança que utilizassem a potência dos espaços como elemento fundamental para o trabalho, ou então, que tais vídeos dialogassem de alguma forma com nossa pesquisa. Nas buscas virtuais, apesar de não ter encontrado um trabalho específico que estivesse em convergência com “Lato & Stricto”, foi possível perceber como as propostas de dança em espaços alternativos transpõem a utilização desses espaços como cenários, e os tornam parte ativa e efetiva na construção da cena.


O passo seguinte foi a leitura dos materiais de pesquisa da minha parceira de trabalho. A partir dessa aproximação pudemos encontrar os aspectos de divergência e convergência dos assuntos. Na composição da Hadiji, a ambição do protagonista do conto de Tolstói – “De quanta terra precisa um homem?”, objetivada na busca insana pela propriedade da terra e de mais terra, dialogava inversamente com a avidez da busca de encontrar a essência do que compõe o ser humano, tratado na minha pesquisa. A convergência dos trabalhos, portanto, se dava exatamente na esfera paradoxal do micro e do macro que ambas as composições travavam na busca pelo SER.


Noutro momento, definimos a utilização de um espaço bem amplo, marcado por círculos/fases que nos permitisse transitar. O foco, desse modo, está na exploração espacial; um espaço externo indissociável do espaço interno, em constante relação com o outro.


Finalmente, trouxemos para a partitura elementos cênicos que expressassem nossas histórias particulares em busca desse macro e micro que compõem nossas histórias.


O resultado desse processo foi uma partitura de movimentos pautada na exploração do espaço (interno/externo) que se materializa na influência direta do canto dos pássaros.

SYLVIANE GUILHERME

Dois em um, um em dois


O corpo humano é formado por cabeça, tronco e membros (superiores e inferiores). Cada parte compreende um emaranhado de relações musculares, articulares, líquidas, etc. Estar em sintonia com esse todo é sumamente conhecido pelo ser humano - harmonia entre as parte, liberação e equilíbrio de energia para compor o movimento desejado.

Mas e se levarmos a atenção apenas para uma dessas partes, focando apenas a parte superior ou inferior, ou melhor, e se dois corpos fossem capazes de formar um único a partir de relações com o meio e com o outro, o que acontece?

Partindo desta premissa criamos a síntese artística apresentada nesse ensaio. A união da arte eternizada em fotografias em ambientes externos da cidade de Curitiba (focada nas escadarias locais) com a performance dançada.

A escolha da fotografia se deu pela necessidade de criar um ambiente plástico onde mostrasse as partes isoladas de cada corpo (meu tronco e as pernas da Tândara, foco dos trabalhos já apresentados). A união disso forma um TODO/corpo.

A intenção foi focar imagens simples, quase possíveis, em ambientes urbanos e perceber qual a reação das pessoas envolvidas. Estranheza, curiosidade, constrangimento, foram algumas das reações percebidas - algumas pessoas foram envolvidas para fazer parte da obra, sendo direcionadas a tirar algumas fotografias da imagem em questão.

A cor vermelha foi usada como referência ruidosa à fotografia em preto e branco que exporíamos, simbolizando o ruído/estranheza que causamos em cada interferência nas rua.

A experiência urbana nos coloca, enquanto artistas, num lugar de reflexão sobre como a arte contemporânea é compreendida pelo público notoriamente massificado pela mídia e nos faz pensar a importância em continuarmos tentando transformar valores e padrões já incutidos na sociedade como um todo através das intervenções artísticas no ambiente urbano.

Israel Becker
Bailarino e graduando pela Faculdade de Artes do Paraná
A minha pesquisa na disciplina de Composição Coreográfica I vem se delineando pela busca de um estado líquido do corpo: como acontece no meu corpo e o que isso altera no modo do meu corpo se organizar. Além de questionar o que já é líquido em mim na vida de um modo geral, como esse líquido me é enquanto sujeito no mundo.

Durante o terceiro bimestre, na disciplina de Composição Coreográfica I, fomos convidados a realizar nossas pesquisas em duplas. Eu me juntei com a Mariana para essa etapa. Resolvemos fazer nossos experimentos em uma parte do gramado da Agrárias. Ao entrar em contato com esse ambiente, além da troca energética que acontece naturalmente, tivemos experiências diversas, entre as quais a interação com o que contém naquele ambiente, pois passamos algum tempo ali não só realizando o trabalho, mas também conversando e percebendo o tempo passar. Dessa forma, tivemos um contato com esse ambiente que foi um bocadinho a mais do que só o cumprimento de uma proposta.

Houve momentos em que chegamos num denominador comum, pois as questões do estado líquido do corpo começaram se mesclar com as questões do ambiente, trazido pela minha parceira, e assim contribuíram para a síntese apresentada neste bimestre.

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MOSTRA DE DANÇA

Sobre a Mostra de Dança da FAP, que aconteceu na semana passada, uma das coisas que eu fiquei a refletir sobre foi o quanto o trabalho corpo realizado durante no processo das experimentações dos trabalhos práticos causa um estado de corpo. Chamou-me a atenção dois trabalhos do quarto ano, os das alunas Marina Scandolara e Ludmila Aguiar. Tendo esses dois trabalhos como parâmetro para refletir com os outros, pergunto-me sobre o quanto da pessoa tem na pesquisa dela, sobre o quanto essa pesquisa move a pessoa enquanto sujeito, sobre como um trabalho que acontece no corpo pode alterar também padrões mentais. Como discutimos nas aulas, o processo de criação é visível na apresentação do trabalho. Na observação, em especial, desses dois trabalhos pude perceber que a realização, de fato, de um processo de criação supera as tensões e atenções que o dia de uma apresentação nos convida a viver. Enfim, fiquei a pensar, já que ano que vem é a nossa vez, o quanto o processo de criação transforma e forma o próprio trabalho, o quanto o corpo é o trabalho.


Raquel Messias de Camargo

O PERCURSO - sonhar e percorrer



Chegamos ao terceiro bimestre com a proposta de termos um momento de desenvolvimento em dupla. Assim, tivemos que compartilhar reciprocamente nossa pesquisa com a de um colega. No meu caso, estive ao lado da minha amiga Bruna Zehnpfenning, e em primeira instância, parecia-nos difícil achar pontos incomuns a se discutir a cerca de nossos trabalhos. No entanto, encontramos a relação do “caminho”.

Partimos de colocar bem claro para nós mesmas o que significava dentro do trabalho de cada uma, o chamado caminho. Para Bruna, o caminho tinha um significado mais abstrato, a ver com experienciar o caminho de forma perceptiva, de forma mais internalizada, e casual, também a questão cíclica revelando uma ideia de ciclo referente a vida. Para mim, o caminho tinha uma imagem extremamente concreta, objetiva, a ver com observar e planejar o caminho diante do espaço possível, desta forma, onde a percepção do espaço é algo muito visual e sua relação tátil existe para auxiliar o percurso do caminho que se planejou premeditadamente a percorrer.

Combinamos traçar relações pessoais com essas possibilidades que ambos os trabalhos traziam em seus caminhos. Entendemos que podíamos enriquecer-nos se nos relacionássemos com a maneira diversa da outra em interpretar diferente o “caminho”. E assim fizemos. Pensamos no resultado de nossas pesquisas sendo apresentadas ao mesmo tempo para mostrar justamente a contaminação e a relação particular de cada frente a esta problemática.

No que coube a mim, relacionei-me com o subjetivismo. Meu “eu-gato” passa então por transições: o gato que percorre o trajeto que se propõe, o gato que entra em contato com outras informações, e o gato que volta a calma. Onde ele sempre volta, e sempre vai dormir.

O gato que volta a calma é o gato já relacionado ao subjetivismo. O subjetivismo está para a experienciação muito mais internalizada, no entanto, sem deixar de estar em estado de alerta. Ele sente o vento, toca sem ansiedade o que está a volta, não tem pressa em chegar. E quando chega, acomoda seu corpo com peso bem distribuído, e sonha, tem palpitações, sonhos curtos, onde sua mente ainda permanece em alerta com o exterior. Desta forma, o trabalho de Bruna não modifica o meu trabalho, ele em verdade acrescenta uma nova perspectiva da relação que pesquiso entre o gato e sua relação com o ambiente, é justamente, o gato com ele mesmo e no ambiente. A relação do círculo não está só para com uma visão abstrata e subjetivista, mas está para a própria rotina cotidiana deste, está para as projeções dos movimentos articulares deste. O gato é circular, e sua rotina, cíclica. O que será que ele sonha?


Caroline Natalie Stroparo

ManipulAção enCena

ManipulAção enCena

Neste terceiro bimestre, a proposta dada pela professora Rosemeri Rocha, foi a de relacionar o meu processo de pesquisa, no qual a idéia determinante está em relacionar a fotografia com a dança, com o de uma colega. Este trabalho com o qual pude traçar paralelo, é baseado nos sensores humanos e na percepção dos estímulos físicos do ambiente.

Tanto a minha pesquisa, quanto a pesquisa da minha colega, Franciele Pasturczak, tratam de estímulos visual e sonoro, respectivamente. Ambos abordam linguagens específicas, possibilitando compreensões flexíveis, suportando diversos significados. Mantendo a analogia do bimestre anterior, em que citei uma frase de Dubois que dizia: “O olho jamais vê aquilo que está fotografando. Ou ainda: fotografar é não ver”, decidimos continuar trabalhando com a questão da comunicação e a (in)certeza do corpo comunicante. Mantivemos algumas palavras-chave, que nortearam o trabalho durante o processo prático.

A estratégia foi dividir a pesquisa de movimentos em três momentos. Inicialmente, sustentamos a pesquisa individual de cada uma. Num segundo momento trabalhamos com o suposto rompimento, a comunicação de uma pausa e, logo em seguida, com o que chamamos de “fator surpresa”, o qual se resume a focar em alguma informação contida no espaço e mover-se comunicando aquilo que viu e/ou sentiu, podendo ser através de sensações obtidas ou abstração de movimentos. Resolvemos lidar com a manipulação (uma das palavras-chave) e a construção de cena, questão muito trabalhada na fotografia, desta maneira, tratando-se do último momento da partitura da pesquisa coreográfica.

As relações estabelecidas entre as duas pesquisas exprimem-se na construção de uma cena, apropriação do espaço, e manipulação do corpo e do movimento através de estímulos sonoros e visuais. Sem falar na analogia que podemos criar entre manipulação do corpo e do movimento, com a manipulação no âmbito fotográfico, onde não há limites para as possibilidades de criação.

Foi optado por um local, no qual tivesse um número reduzido de informações, para que nós fossemos o foco dos espectadores, os quais foram estrategicamente posicionados, levando-se em conta as possibilidades de uma cena bidimensional que a fotografia pode nos proporcionar, conteúdos vistos somente de um ângulo de visão (parte da cena). Pensamos em “enquadrar” nosso trabalho prático em um suposto ângulo de visão. Utilizamos maior valorização na relação dos conteúdos na construção da imagem, guiadas tanto pela visão quanto pela audição.

Amábile Gabriele Bortolanza