sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

FAZENDO ARTE

CIA. DE DANÇA JULIANA CARLETTO

Processo de criação do espetáculo Follia, referente ao estagio de bacharelado do curso de dança da Faculdade de Artes do Paraná:

Espetáculo Follia

Follia: (do italiano) Fol.li.a sf 1. Loucura, demência. 2. Exagero. 3. Fantasia

As significações da loucura mudaram ao longo da historia. Para Sócrates, existiam quatro tipo de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo. A ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuído por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e a loucura poética, produzida pelas musas.

A esquizofrenia, também já estudada desde os gregos, atualmente é considerada um transtorno psíquico que causa alucinações e alterações no contato com a realidade.

O que Sócrates jamais imaginou, é a loucura produzida pelo stress e pressão do dia-dia contemporâneo.

O processo de criação deste e de todos os espetáculos do grupo é uma investigação corporal por todos os bailarinos e orientada pela diretora do grupo Juliana Carletto. Primeiramente foram levantados referenciais teóricos sobre o tema do espetáculo e depois uma investigação de movimentos sobre os dados coletados por todos. No processo de montagem são usados muitas improvisações e contato-improvisação, então a diretora do grupo seleciona e tira movimentações criadas pelos próprios bailarinos, e assim é feito pequenas células coreográficas. Em “Corpo e Dramaturgia” de Rosa Hércoles ela escreve que há readaptações e outros arranjos no corpo que dança, e que esse corpo já trás algum tipo de significado. A diretora do grupo dava a indicação que além da forma as sensações aflorassem na movimentação dessa forma acontecendo uma troca constante entre corpo e ambiente e se readaptando com ele a cada momento.

CARLOS ALBERTO MENDONÇA JUNIOR

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