CIA. DE DANÇA JULIANA CARLETTO
Processo de criação do espetáculo Follia, referente ao estagio de bacharelado do curso de dança da Faculdade de Artes do Paraná:
Espetáculo Follia
Follia: (do italiano) Fol.li.a sf 1. Loucura, demência. 2. Exagero. 3. Fantasia
As significações da loucura mudaram ao longo da historia. Para Sócrates, existiam quatro tipo de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo. A ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuído por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e a loucura poética, produzida pelas musas.
A esquizofrenia, também já estudada desde os gregos, atualmente é considerada um transtorno psíquico que causa alucinações e alterações no contato com a realidade.
O que Sócrates jamais imaginou, é a loucura produzida pelo stress e pressão do dia-dia contemporâneo.
O processo de criação deste e de todos os espetáculos do grupo é uma investigação corporal por todos os bailarinos e orientada pela diretora do grupo Juliana Carletto. Primeiramente foram levantados referenciais teóricos sobre o tema do espetáculo e depois uma investigação de movimentos sobre os dados coletados por todos. No processo de montagem são usados muitas improvisações e contato-improvisação, então a diretora do grupo seleciona e tira movimentações criadas pelos próprios bailarinos, e assim é feito pequenas células coreográficas. Em “Corpo e Dramaturgia” de Rosa Hércoles ela escreve que há readaptações e outros arranjos no corpo que dança, e que esse corpo já trás algum tipo de significado. A diretora do grupo dava a indicação que além da forma as sensações aflorassem na movimentação dessa forma acontecendo uma troca constante entre corpo e ambiente e se readaptando com ele a cada momento.
CARLOS ALBERTO MENDONÇA JUNIOR
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