sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Estágio bacharelado / Um - Núcleo de pesquisa em dança da FAP


Neste quarto bimestre, a proposta da professora Rose Rocha, na disciplina de Composição Coreográfica I, foi de escrever um pré-projeto sobre aa pesquisa do quarto ano. E também fazer um relato sobre o processo de criação durante o estágio de bacharelado.

Escolhi o Um- núcleo de pesquisa em dança da FAP, para estagiar. Como o nome já diz, é um grupo de pesquisa em dança, e que teve nesse ano a proposta de aproximação com a artista visual Iole de Freitas. Esta escolha se deu pois uma das proponentes do grupo estudou sobre a artista em sua monografia de pós- graduação. Iole de Freitas trabalha com grandes instalações, portanto tem uma relação de espaço muito espandida que é ocupada por linhas que parecem se movimentar durante a apreciação da obra, a Mari, a proponente que estou Iole percebeu algo de muito corporal e espacial na obra da artista, e então veio o interesse, não de dançar as obras da Iole, mas sim criar relações, aproximações e motivações para o processo de criação.

Tivemos o segundo bimestre inteiro para experimentar corporalmente algo que nos atraisse, e o que me chamou muito a atenção foram as janelas das salas onde aconteciam as instalações, pois ali ela fazia parte do trabalho, ou não. Me questionei de como eram voltados os olhares pra essa janelas, e no meu corpo estavam acontecendo movimentos retorcidos (palavra trazida por uma das integrantes do grupo), o olhar buscava até o momento onde o tronco já não mais aguentava, até que de alguma forma o movimento continuava, e ia e ia, torcendo e retorcendo, o tronco torcido. Ficamos um bom tempo nessas investigações pessoais, sempre com observações e feedbacks.

Nos apropriamos das obras de Iole de Freitas, toda a espacialidade e todo movimento contido numa continuidade sem fim.

Como durante o ano todo propos improvisos de música e dança, acabou que nos aproximamos de dois músicos que fizeram parte dessa dança, e começamos mais uma investigação de som e movimento, pausa.

O espetáculo tinha sua ordem de acontecimento, porém era todo improvisado.

Percebo que desde o inicio da criação do trabalho, varias coisas se transformaram, sons, movimentos, trio, mangueira, enfim. E agora com minhas anotações, indicada pelas proponentes do grupo, ou os chamados documentos de processo, por Cecília Salles, vejo toda a transformação ocorrida para chegar no "Paisagens continuas", todo o preocesso de composição e pesquisa, envolvido no trabalho, que foi apresentado no final de outubro.


Mariana Alves

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