sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Obra Coreográfica "Sensações"


Escola de Dança Viviane Cecconello

Dança Contemporânea;

Titulo: Sensações.

Minhas experiências em dança deste ano foi pela escola de dança Viviane Cecconello onde tinha aulas de ballet clássico e dança contemporânea. A obra dançada foi “Sensações”, uma obra contemporânea coreografada por Paula Pelisari.

A obra um título essencialmente explicativo, pois a coreografia faz referências diretas do título. Ex: em um trecho da coreografia a música para e todos os dançarinos que estão no palco falam: consciência, deslizar, controle (palavras que remetem às sensações da dança).

Neste processo coreográfico não há uma narrativa definida, porém o tema central da obra foi a água e as sensações que ela remete no corpo. Como referência e mote inspirador, utilizamos o vídeo de uma obra coreográfica da Cia do Teatro Guaíra intitulada “O segundo Sopro” em que também utilizam a água como estratégia coreográfica.

Existe uma certa pesquisa de movimento nesta coreografia através de vídeos, leituras e improvisos. A obra foi finalizada e coreografada na íntegra, não tendo a possibilidade de improvisação ao longo da dança. Os integrantes do grupo se utilizaram da improvisação apenas na concepção da obra. Feito isso, a coreografia se estruturou do começo ao fim.

A obra também trazia muitas informações e interferências – mudança de musica no meio da obra, pausa, fala, entradas e saídas dos bailarinos, água no palco. A utilização da fala – encenação - na coreografia é ousada e inovadora pois trás o teatral em cena. Esta coreografia se utiliza de um fraseado de movimento típico da dança contemporânea. Muitas quedas, rolamentos, contrações eram feitas. A permuta entre os níveis e as qualidades de movimento – ligado, quebrado – eram constantes. O tempo rápido dos movimentos era o mais evidente nesta coreografia. O revezamento dos bailarinos no palco é constante. Dificilmente dançam todos juntos – somente no inicio, pois a obra tinha o objetivo de ser equilibrada, tendo o cuidado de não sobrecarregar o palco. Em determinados momentos da coreografia são feitos trios, duos e solos, as entradas e saídas acontecem através de caminhadas e saltos.

A experiência de dançar esta obra foi bastante produtiva, pois no processo de criação fomos instigados a fazer pesquisas de movimento, literaturas acerca do tema. Muitos de nossos improvisos fizeram parte das seqüência coreográficas. Por isso, a particularidade de cada bailarino se fazia presente nesta obra, o que deixou a coreografia bastante dinâmica, ousada e original.

FRANCIELE PASTURCZAK

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