segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Dança e espaço exterrno
domingo, 3 de outubro de 2010
COMUNICAÇÃO GESTUAL
( Peter Drucker )
Em nosso cotidiano nos utilizamos constantemente dos gestos para apoiar nossa expressão, enfatizando ou simplesmente complementando algo que verbalizamos. Assim, a comunicação, formal ou informal, sempre se faz acompanhar de sinais gestuais, que carregam de significados a interação entre as pessoas, conferindo-lhes maior ou menor expressividade e ampliando as suas possibilidades de compartilhar informações.
Nesse bimestre na proposta de trabalho em duplas procuramos aproximar ao máximo as propostas realizadas no bimestre passado. A junção do meu tema com o da minha colega Malki,resultou em GESTOS, COMUNICAÇÃO. Para desenvolver nosso trabalho optamos em estudar libras (Língua Brasileira de Sinais). O motivo pelo qual decidimos partir para esse lado investigativo foi porque libras nos proporciona um infinito e rico vocabulário comunicativo além de intensas expressões físicas e faciais.
A partir de palavras cotidianas como “bom dia”, “oi”, “bom”, “ruim”, criamos frases e adaptamos gestos comunicativos que se transformaram em movimentos (sempre com base em libras). Esses movimentos se modificam devido a repetições, se transformam, se desconstroem, se relacionam, criando uma linguagem comunicativa própria, verbal e não verbal, que se altera e se adapta quanto a espaço, estado corporal, troca de energia e intenção pessoal de cada intérprete. O público é de suma importância, uma vez que a proposta pede troca e estímulos vindos de fora. Assim cada demonstração torna-se nova e inesperada exatamente como em uma conversa, o processo COMUNICATIVO é caracterizado pelo contínuo registro e emissão de sinais.
Mostra de Dança da Fap
Neste terceiro bimestre havia, em mim, uma vontade de experimentar o meu corpo em outros ambientes, principalmente em espaços verdes ( natureza), e esta foi a próxima proposta, escolher um espaço alternativo, junto da dupla, para continuar a criação, eu e Raquel, então, escolhemos um pedaço do gramado da Agrárias. Neste espaço já tínhamos muita familiaridade, pois muitas vezes percebemos o tempo passar através de conversas e cochilos. A questão da água, que é um dos elementos da natureza, trazido por minha parceira, entrou em contato com a minha escolha de falar de espaços que nesse bimestre se restringiu a ambientes cercados pela natureza, e assim o trabalho foi desenvolvido, a partir desse ponto em comum.
Através desse processo pude perceber muitas diferenças de ações e movimentos no meu corpo e aprofundou ainda mais a questão de que o corpo se modifica e atualiza de acordo com o ambiente. E assim pretendo dar continuidade a essa pesquisa, falando de espaço, de tempo e de corpo.
MARIANA ALVES
Acerca das apresentações ocorridas na semana de Mostra da FAp alguns trabalhos me chamaram atenção pela atividade corporal intensa em si. Como o trabalho das Alunas do primeiro ano, Ariane e Priscila, sobre dança Afro. Foi uma apresentação que realente me tocou. Pela forma e conteúdo. A música ao vivo, as moças que cantaram, por dançarem suas raízes que mesmo que distantes presentes na incorporação, se assim posso chamar. Fio forte pelo fato de estarem dançando como se fosse a terra, como se enraizadas a terra revenciassem essa terra. Deu vontade de entrar lá também. Foi um compartilhar diferente, o de estar em alma e não apenas em corpo.
Malki Sanae Pinsag
Expandindo Partes
experiencia em dupla
em nossos trabalho a experiência acontece no espaço alternatio em tempo real expandido e se deixando receber. é assim estamos sugeito as experiências que nos modifica e que modificamos acontecendo assim uma troca uma disponibilidade entre ambas partes. o sugeito expereincia o ambiente e o ambiente o sugeito acontecendo assim relações do corpo com espaço ambiente, do que expandir pra fora e o que vem de fora e para dentro.
assim vejo que no meu trabalho vejo que o corpo que é visto como sistemas que se comunica-se aqui através do movimento, visto no meu trabalho no inicio da gestação e que vamos expandindo ate sairmos para o mundo e é atraves do movimento que vamos nos relacionando com o ambiente e o ambiente com nosco.
jose Ilsom dos santos
O sem nome
Com esse trecho de Clarice Lispector é que dou inicio ao meu processo de criação em dupla. Do tema que eu havia trabalhado no bimestre passado tentei delimitar em algo que depois, nas conversas com a colega de equipe, ficou sendo bem abrangente, mas nós conseguimos encontrar um caminho por ali. Fechei em GESTO, gestos cotidianos de expressão durante a fala. São aqueles movimentos que fazemos, principalmente com os membros superiores, mas que envolvem desde a articulação coxofemural, até a expressão facial em relação ao desbravamento da palavra, num contexto lógico e significante.
Para poder uniri meu tema com o da Juliana ( minha dupla), procuramos algo que se aproximasse em relação a tipode movimentação e comunicação. Como o trabalho dela fora sobre deficiências físicas, encontramos afinidade na linguagem de LIBRAS ( tipo de comunicação utilizada por pessas com deficiencia auditiva). Assim, para nortear nosso pesquisa, criamos um texto em que pudesse ser trabalhado ao mesmo tempo o gestual na espontaneidade e o gestual significativo de Libras. Através da repetição vimos o que e em que podia ir se transformando os gestos. Sempre em ordem lógica de significância, mas com intenções diferentes, até porque a origem de tais movimentos têm como forma de impulso desgargas físicas e emocionais diferentes( gestual espontâneo da fala e libras). Esse gestos tambem foram experenciados em diversos locais e notamos que dependendo do ambiente os mesmo gestos sofriam alterações algumas vezes bem nítidas e outras vezes de carater corporal interno de cada intérprete. Por este fato, a movimentação que fora marcada ( coreografia), vai sendo improvisada e assimilada de acordo com os estímulos do momento.
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LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987.
Malki Sanae Pinsag
AUTO
O primeiro passo dos pesquisadores foi de olhar o ambiente externo como uma espécie de ambiente contextual. O semioticista Thomas Sebeok diz: que o contexto é o reconhecimento que um organismo faz das condições e maneiras de usar efetivamente as mensagens do ambiente, e que o contexto onde as “coisas“ acontecem é muito importante, pois o onde que elas acontecem nunca é passivo. Sabendo disso os pesquisadores analisaram esse ambiente e elencaram o que ele proporcionava e que estímulos ele doava a esses corpos. Então foi decidido que através de estímulos sonoros e visuais esses corpos iriam se movimentar em lugares e planos diferentes dentro desse espaço externo que foi delimitado. Também teve a preocupações de firmar presença e ganhar espaço corporal dentro desse lugar, usamos a respiração e a idéia de condensar e expandir para que ocorra uma expansão corporal e torne vivo esse ambiente nos corpos.
O questionamento do trabalho ainda continua de “Como eu construo e transformo minha identidade a partir das informações que eu recebo”. Analisar o padrão corporal que esse corpo possuía e como ele se transformou ao longo de um período a parti dessas novas informações absorvidas, o intuito é mostrar como esse padrão se transformou, e não jogou fora o que existia, e de como ele se relaciona com as técnicas corporais, pensamentos, pontos de vista que já foram vivenciados e se vive até esse momento. Essas informações são sempre relacionadas ao corpo, restringindo somente a esses conhecimentos, que contribui para que abra o campo de relação da movimentação desse sujeito. Mas agora tem também a preocupação de como o pesquisador se molda dentro da informação, como ele age dentro desse novo conhecimento e o que ele tem que fazer para que essa informação interage com ele.
Vendo os trabalhos da amostra da FAP, foi vistos e achado de muita importância os trabalhos do quarto anos do curso de dança, pois já é um conhecimento de como deveremos agir no próximo ano onde estaremos nos lugares deles. Achei muito interessante o trabalho de pesquisa da aluna Ludimila Aguiar Veloso, pois se relaciona com o que venho pesquisando, desse corpo em prontidão que está aberto a estímulos e informações.
Lato & Stricto
“Lato & Stricto” diz respeito ao terceiro trabalho proposto pela professora Rosemeri Rocha na disciplina de Composição Coreográfica I do curso de Dança da Faculdade de Artes do Paraná.
Aos eventuais leitores, atualizo que tal trabalho se trata da continuidade da proposição “Pegadas de uma Coluna Vertebral” [1] e “Gênese” [2], respectivamente, apresentadas na mesma disciplina ao término do primeiro e segundo bimestre deste ano.
O processo nesse terceiro momento teve como ponto de partida a construção de uma composição em duplas, assim como, a utilização de um espaço alternativo. Por afinidade de sentido dessa composição, decidimos Hadiji e eu, fundir nossas pesquisas.
O passo seguinte foi a leitura dos materiais de pesquisa da minha parceira de trabalho. A partir dessa aproximação pudemos encontrar os aspectos de divergência e convergência dos assuntos. Na composição da Hadiji, a ambição do protagonista do conto de Tolstói – “De quanta terra precisa um homem?”, objetivada na busca insana pela propriedade da terra e de mais terra, dialogava inversamente com a avidez da busca de encontrar a essência do que compõe o ser humano, tratado na minha pesquisa. A convergência dos trabalhos, portanto, se dava exatamente na esfera paradoxal do micro e do macro que ambas as composições travavam na busca pelo SER.
Noutro momento, definimos a utilização de um espaço bem amplo, marcado por círculos/fases que nos permitisse transitar. O foco, desse modo, está na exploração espacial; um espaço externo indissociável do espaço interno, em constante relação com o outro.
Finalmente, trouxemos para a partitura elementos cênicos que expressassem nossas histórias particulares em busca desse macro e micro que compõem nossas histórias.
O resultado desse processo foi uma partitura de movimentos pautada na exploração do espaço (interno/externo) que se materializa na influência direta do canto dos pássaros.
SYLVIANE GUILHERME
[2] http://andancasdedanca.blogspot.com/2010/07/genese.html
[3] Imagem: "Espiral de Barro" Fátima Vargas.
http://br.olhares.com/espiral_de_barro_foto694841.html
Dois em um, um em dois
Mas e se levarmos a atenção apenas para uma dessas partes, focando apenas a parte superior ou inferior, ou melhor, e se dois corpos fossem capazes de formar um único a partir de relações com o meio e com o outro, o que acontece?
Partindo desta premissa criamos a síntese artística apresentada nesse ensaio. A união da arte eternizada em fotografias em ambientes externos da cidade de Curitiba (focada nas escadarias locais) com a performance dançada.
A escolha da fotografia se deu pela necessidade de criar um ambiente plástico onde mostrasse as partes isoladas de cada corpo (meu tronco e as pernas da Tândara, foco dos trabalhos já apresentados). A união disso forma um TODO/corpo.
A intenção foi focar imagens simples, quase possíveis, em ambientes urbanos e perceber qual a reação das pessoas envolvidas. Estranheza, curiosidade, constrangimento, foram algumas das reações percebidas - algumas pessoas foram envolvidas para fazer parte da obra, sendo direcionadas a tirar algumas fotografias da imagem em questão.
Bailarino e graduando pela Faculdade de Artes do Paraná
Durante o terceiro bimestre, na disciplina de Composição Coreográfica I, fomos convidados a realizar nossas pesquisas em duplas. Eu me juntei com a Mariana para essa etapa. Resolvemos fazer nossos experimentos em uma parte do gramado da Agrárias. Ao entrar em contato com esse ambiente, além da troca energética que acontece naturalmente, tivemos experiências diversas, entre as quais a interação com o que contém naquele ambiente, pois passamos algum tempo ali não só realizando o trabalho, mas também conversando e percebendo o tempo passar. Dessa forma, tivemos um contato com esse ambiente que foi um bocadinho a mais do que só o cumprimento de uma proposta.
Houve momentos em que chegamos num denominador comum, pois as questões do estado líquido do corpo começaram se mesclar com as questões do ambiente, trazido pela minha parceira, e assim contribuíram para a síntese apresentada neste bimestre.
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MOSTRA DE DANÇA
Sobre a Mostra de Dança da FAP, que aconteceu na semana passada, uma das coisas que eu fiquei a refletir sobre foi o quanto o trabalho corpo realizado durante no processo das experimentações dos trabalhos práticos causa um estado de corpo. Chamou-me a atenção dois trabalhos do quarto ano, os das alunas Marina Scandolara e Ludmila Aguiar. Tendo esses dois trabalhos como parâmetro para refletir com os outros, pergunto-me sobre o quanto da pessoa tem na pesquisa dela, sobre o quanto essa pesquisa move a pessoa enquanto sujeito, sobre como um trabalho que acontece no corpo pode alterar também padrões mentais. Como discutimos nas aulas, o processo de criação é visível na apresentação do trabalho. Na observação, em especial, desses dois trabalhos pude perceber que a realização, de fato, de um processo de criação supera as tensões e atenções que o dia de uma apresentação nos convida a viver. Enfim, fiquei a pensar, já que ano que vem é a nossa vez, o quanto o processo de criação transforma e forma o próprio trabalho, o quanto o corpo é o trabalho.
Raquel Messias de Camargo
O PERCURSO - sonhar e percorrer
Chegamos ao terceiro bimestre com a proposta de termos um momento de desenvolvimento em dupla. Assim, tivemos que compartilhar reciprocamente nossa pesquisa com a de um colega. No meu caso, estive ao lado da minha amiga Bruna Zehnpfenning, e em primeira instância, parecia-nos difícil achar pontos incomuns a se discutir a cerca de nossos trabalhos. No entanto, encontramos a relação do “caminho”.
Partimos de colocar bem claro para nós mesmas o que significava dentro do trabalho de cada uma, o chamado caminho. Para Bruna, o caminho tinha um significado mais abstrato, a ver com experienciar o caminho de forma perceptiva, de forma mais internalizada, e casual, também a questão cíclica revelando uma ideia de ciclo referente a vida. Para mim, o caminho tinha uma imagem extremamente concreta, objetiva, a ver com observar e planejar o caminho diante do espaço possível, desta forma, onde a percepção do espaço é algo muito visual e sua relação tátil existe para auxiliar o percurso do caminho que se planejou premeditadamente a percorrer.
Combinamos traçar relações pessoais com essas possibilidades que ambos os trabalhos traziam em seus caminhos. Entendemos que podíamos enriquecer-nos se nos relacionássemos com a maneira diversa da outra em interpretar diferente o “caminho”. E assim fizemos. Pensamos no resultado de nossas pesquisas sendo apresentadas ao mesmo tempo para mostrar justamente a contaminação e a relação particular de cada frente a esta problemática.
No que coube a mim, relacionei-me com o subjetivismo. Meu “eu-gato” passa então por transições: o gato que percorre o trajeto que se propõe, o gato que entra em contato com outras informações, e o gato que volta a calma. Onde ele sempre volta, e sempre vai dormir.
O gato que volta a calma é o gato já relacionado ao subjetivismo. O subjetivismo está para a experienciação muito mais internalizada, no entanto, sem deixar de estar em estado de alerta. Ele sente o vento, toca sem ansiedade o que está a volta, não tem pressa em chegar. E quando chega, acomoda seu corpo com peso bem distribuído, e sonha, tem palpitações, sonhos curtos, onde sua mente ainda permanece em alerta com o exterior. Desta forma, o trabalho de Bruna não modifica o meu trabalho, ele em verdade acrescenta uma nova perspectiva da relação que pesquiso entre o gato e sua relação com o ambiente, é justamente, o gato com ele mesmo e no ambiente. A relação do círculo não está só para com uma visão abstrata e subjetivista, mas está para a própria rotina cotidiana deste, está para as projeções dos movimentos articulares deste. O gato é circular, e sua rotina, cíclica. O que será que ele sonha?
Caroline Natalie Stroparo
ManipulAção enCena
Neste terceiro bimestre, a proposta dada pela professora Rosemeri Rocha, foi a de relacionar o meu processo de pesquisa, no qual a idéia determinante está em relacionar a fotografia com a dança, com o de uma colega. Este trabalho com o qual pude traçar paralelo, é baseado nos sensores humanos e na percepção dos estímulos físicos do ambiente.
Tanto a minha pesquisa, quanto a pesquisa da minha colega, Franciele Pasturczak, tratam de estímulos visual e sonoro, respectivamente. Ambos abordam linguagens específicas, possibilitando compreensões flexíveis, suportando diversos significados. Mantendo a analogia do bimestre anterior, em que citei uma frase de Dubois que dizia: “O olho jamais vê aquilo que está fotografando. Ou ainda: fotografar é não ver”, decidimos continuar trabalhando com a questão da comunicação e a (in)certeza do corpo comunicante. Mantivemos algumas palavras-chave, que nortearam o trabalho durante o processo prático.
A estratégia foi dividir a pesquisa de movimentos em três momentos. Inicialmente, sustentamos a pesquisa individual de cada uma. Num segundo momento trabalhamos com o suposto rompimento, a comunicação de uma pausa e, logo em seguida, com o que chamamos de “fator surpresa”, o qual se resume a focar em alguma informação contida no espaço e mover-se comunicando aquilo que viu e/ou sentiu, podendo ser através de sensações obtidas ou abstração de movimentos. Resolvemos lidar com a manipulação (uma das palavras-chave) e a construção de cena, questão muito trabalhada na fotografia, desta maneira, tratando-se do último momento da partitura da pesquisa coreográfica.
As relações estabelecidas entre as duas pesquisas exprimem-se na construção de uma cena, apropriação do espaço, e manipulação do corpo e do movimento através de estímulos sonoros e visuais. Sem falar na analogia que podemos criar entre manipulação do corpo e do movimento, com a manipulação no âmbito fotográfico, onde não há limites para as possibilidades de criação.
Foi optado por um local, no qual tivesse um número reduzido de informações, para que nós fossemos o foco dos espectadores, os quais foram estrategicamente posicionados, levando-se em conta as possibilidades de uma cena bidimensional que a fotografia pode nos proporcionar, conteúdos vistos somente de um ângulo de visão (parte da cena). Pensamos em “enquadrar” nosso trabalho prático em um suposto ângulo de visão. Utilizamos maior valorização na relação dos conteúdos na construção da imagem, guiadas tanto pela visão quanto pela audição.
Amábile Gabriele Bortolanza
Expansão das partes corporais
Este texto trás a relação de dois trabalhos desenvolvidos nas aulas de composição coreográfica do terceiro ano do curso de dança da Faculdade de Artes do Paraná. Esta relação foi desenvolvida pelas alunas Alana Muniz e Carina Trombim.
Para estabelecer a relação entre os dois trabalhos cada uma experimentou o trabalho desenvolvido pela outra, assim construímos uma integração da partes corporais desenvolvidas pela Alana Muniz com uma visão da expansão corporal desenvolvida pela Carina Trombim.
Criamos estratégias para estar nesta relação. Desenvolvemos a respiração como um auxiliador para o inicio da movimentação para criar a intenção de expandir pelo espaço. Continuamos com a relação do trabalho da Alana com a divisão do corpo em cabeça, membros superiores, tronco e membros inferiores para que pudéssemos estudar como seria expandir o corpo no espaço com partes isoladas, pensando sempre em continuidade e fluidez dos movimentos.
O espaço escolhido foi alternativo, pensamos em um espaço aberto para reforçar a idéia de expansão neste espaço. Usamos o foco externo, olhamos e escutamos o espaço, isso estabeleceu outras visões sobre nossa movimentação, pois deixamos o espaço fazer parte de nossos movimentos. Usamos o texto de Paola Berenstein Jacques, “Corpografias Urbanas”, para entender a relação de corpo e meio. Ela afirma que o corpo lida com um conjunto de condições interativas e o corpo expressa a síntese dessa interação descrevendo em sua corporalidade.
Para relacionar junto com o trabalho buscamos um vídeo onde a obra apresentada é feita em um espaço alternativo. O vídeo escolhido foi The Cost of Living do grupo DV8, onde se passa em um espaço aberto, em uma rua, e o bailarino se relaciona com o espaço, fazendo uma seqüência de movimentos várias vezes, porém variando as formas de fazê-la.
Assim, construímos o trabalho com este enfoque, utilizando as experiências anteriores dos dois trabalhos, e acrescentando um texto e um vídeo como referenciais adicionais para o desenvolvimento das movimentações apresentadas.
Carina Maragno Trombim
Referências:
Texto: http://www.corpocidade.dan.ufba.br/arquivos/Paola.pdf, acessado 03/10/2010.
Video: DV8 physical theater
Encontrado: http://www.youtube.com/watch?v=yHV0CSwF25M, acessado: 03/10/2010.
Foto postada: http://dradetox.wordpress.com, acessado em: 03/10/2010.