"Bagagem Móvel" é o nome provisório do trabalho de conclusão do curso de Dança da Faculdade de Artes do Paraná e tem como pesquisador o graduando Carlos Alberto Mendonça Junior. A pesquisa tem o objetivo de pesquisar, como o corpo recebe informações, internaliza se relaciona com ela, e com isso modifica-se e manda esse conhecimento de volta para o mundo. Uma das questões do trabalho é de como esse corpo olha para as informações seleciona para se relacionar, e o que essas informações modificam na forma de se pensar e movimentar desse corpo, que variam de acordo com o estado corporal que ele se encontra na hora da seleção, o estado corporal se constrói por causa do conjunto de informações que o faz mover.
Parto da ideia de ver o corpo como "Bagagem", um corpo que transporta informações que é móvel e se contamina e negocia com as informações do mundo, que está em relação. A ideia de bagagem surgiu quando comecei a perceber como eu me transformo quando eu volto de algum lugar, de quantas novas informações e negociações esse corpo carrega.
O corpo se veste de mundo, de suas experiências e vivencia. O corpo se despida, mas nunca fica nu, ele não coleciona padrões, mas o refaz todo tempo. Uma tradição para permanecer tem que se atualizar (passado, presente e futuro), e só existe em mim em relação ao mundo e meu corpo se constrói em relação ao ambiente. Vestimo-nos desde que nascemos ( ex. A roupa se torna corpo uma extensão do corpo). Necessitamos de objetos e coisas a todo tempo no nosso cotidiano, isso por necessidade ou para nos deixar mais plenos e confortáveis. Um desdobramento do trabalho e ver o corpo como imã (Ímã ou íman — objeto dotado de magnetização permanente) desse corpo que se atrai para essas ―"coisas" em que se adapta e transforma.
Carlos Alberto Mendonça Junior 4 ano Dança-FAP
Parto da ideia de ver o corpo como "Bagagem", um corpo que transporta informações que é móvel e se contamina e negocia com as informações do mundo, que está em relação. A ideia de bagagem surgiu quando comecei a perceber como eu me transformo quando eu volto de algum lugar, de quantas novas informações e negociações esse corpo carrega.
O corpo se veste de mundo, de suas experiências e vivencia. O corpo se despida, mas nunca fica nu, ele não coleciona padrões, mas o refaz todo tempo. Uma tradição para permanecer tem que se atualizar (passado, presente e futuro), e só existe em mim em relação ao mundo e meu corpo se constrói em relação ao ambiente. Vestimo-nos desde que nascemos ( ex. A roupa se torna corpo uma extensão do corpo). Necessitamos de objetos e coisas a todo tempo no nosso cotidiano, isso por necessidade ou para nos deixar mais plenos e confortáveis. Um desdobramento do trabalho e ver o corpo como imã (Ímã ou íman — objeto dotado de magnetização permanente) desse corpo que se atrai para essas ―"coisas" em que se adapta e transforma.
Carlos Alberto Mendonça Junior 4 ano Dança-FAP
Vejo o graduando Carlos em um momento muito feliz de sua pesquisa, momento em que ele está descobrindo como experimentar procedimentos para identificar e reconhecer as suas bagagens de movimento, quando ele nos traz que uma tradição para permanecer tem que se atualizar é porque esta sentindo no seu próprio corpo a necessidade de reconfigurar aquilo que já existe, é muito interessante de ver como este corpo se comporta em cena no momento em que são jogadas as informações em tempo real, a maneira como o bailarino resolve isto mostra exatamente que as informações que estão presentes neste corpo são como uma bagagem móvel, ele as leva consigo aonde vai, mas sempre modificando e transformando, com aquilo que o ambiente lhe oferece.
ResponderExcluirEraldo Kuhl