quinta-feira, 30 de junho de 2011

Olhando para o que a autora Jussara Sobreira Setenta escreve em seu livro: “O Fazer-Dizer do Corpo Dança e Performatividade” (2008), pensar o corpo que dança na performatividade e que se enuncia em corposmídias, corpos implicados e comprometidos com as relações que estabelecem com o ambiente. Além disso, constróem condições de contaminação do pensamento para produção de danças que organizam e enunciam suas idéias de diferentes modos. Em alguns desses modos, os processos tendem a abordagens interrogativas e investigativa pertinente ao fazer dança. Importa instigar o exercício de ações-atitudes performativas, trabalhadas em corpos que são mídias de si mesmos e, que, abordam e discutam questões da diferença no fazer-dizer artístico. A mídia de que o corpomídia fala é um processo co-evolutivo e transformador, e não somente difusor e transmissor de informação, a mídia do corpomídia se refere ao seu modo de estar no mundo. A perquisa tem como objetivo de comunicar si mesmo, de mostrar ao seu público seu posicionamento no mundo e suas inquietações e questionamentos.

O corpo é, portanto, movimento em permanente comunicação. Entende-se que o corpo que entra em cena está sempre disponível, não significa despir o corpo das informações existentes, elas não podem ser descartadas. É interessante que ocorra o aproveitamento das informações estrangeiras e conhecidas, no exercício do fazer, no processo de produção da fala, e a reflexão crítica, mais uma vez pode colaborar para a percepção de como aproveitar as informações. No fazer da dança performativa se inventa um modo de dizer próprio, urdido no fazer. Um fazer que tem um tempo de feitura vinculado ao próprio fazer. Então para produzir esse dizer só seu, o corpo trabalha experimentando/testando as informações, movimentando-se, assim vai-se acionando o corpo para a organização da fala.

CARLOS ALBERTO MENDONÇA JUNIOR

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