Através de rastros deixados pelos estudos sobre linguagens não-verbais, venho compartilhar minhas reflexões e pretensões em trabalhar com a questão da comunicação e a (in)certeza do corpo comunicante, pois trata-se de um tema que pode seguir diversos caminhos. Para dar início a este estudo, opta-se por adentrar na dança flamenca e a partir desta técnica específica pretende-se pensar em possíveis reorganizações corporais, por meio dos conceitos de corpo dilatado e expressivo a partir de uma abordagem contemporânea. Para ser mais específica, foi escolhido o palo Tangos para estabelecer estas relações. O tema inicial ficou: “A dança flamenca na contemporaneidade: possibilidades de reorganização corporal durante a execução do palo Tangos”. Esta pretensão de relacionar o flamenco com a contemporaneidade ainda está em processo de escolha de possibilidades, para definir o que desta contemporaneidade pretende-se relacionar.
“O flamenco é um estilo musical e um tipo de dança fortemente influenciado pela cultura cigana, mas que tem raízes mais profundas na cultura musical mourisca, influência de árabes e judeus. A cultura do flamenco é associada principalmente a Andaluzia na Espanha, e tornou-se um dos ícones da música espanhola e até mesmo da cultura espanhola em geral.”
“O Tangos constitui um ritmo bastante rico e versátil, existindo muitas variações em suas interpretações nas diversas regiões por toda Andaluzia. Como regra comum, o compasso quaternário bem marcado e o ‘cante’ usualmente alegre e festeiro”.
Considerar este corpo na contemporaneidade, emerge possibilidades de expressões na interação com a expressividade. Estabelecem-se aqui relações que deixam de ser entendidas como contraditórias entre corpo e mente, natural e artificial, vivo e gravado, realidade e imagem, sujeito e objeto.
Amábile Gabriele Bortolanza - Graduanda do 4º ano de Dança - FAP
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